Itália anuncia medidas para conter onda de imigrantes

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Foto: Reprodução

O governo italiano anunciou medidas para tentar conter a chegada de imigrantes irregulares pelo mar Mediterrâneo, diante de um pico de 14 mil desembarques somente na semana passada. A mais severa das novidades é o aumento do prazo que um imigrante considerado ilegal pode ficar detido antes de ser repatriado. O número passou de 3 meses, prorrogáveis por mais 45 dias, para 18 meses, no limite máximo do que estipula a norma da União Europeia.

A primeira-ministra, Giorgia Meloni, afirmou ainda que o Ministério da Defesa será encarregado de aumentar a quantidade de estruturas para detenção de imigrantes que entram ilegalmente na Itália, sem status de refugiado e sem direito a pedir asilo. São dez unidades do tipo atualmente, e a intenção é dobrar a cifra. As medidas foram debatidas durante reunião ministerial e são parte de um decreto que precisa ser convertido em lei pelo Parlamento em até 60 dias.

“Teremos todo o tempo necessário para realizar as checagens e para proceder com o repatriamento daqueles que não têm direito a proteção internacional”, afirmou Meloni, líder do partido Irmãos da Itália, da ultradireita.

No cargo desde outubro do ano passado, eleita com a promessa de um “bloqueio naval” para afastar os imigrantes da Itália, Meloni enfrenta dificuldades nessa área -o país é atualmente o mais afetado pela chegada de barcos clandestinos que cruzam o Mediterrâneo saídos do norte da África. JBr

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