IPCC: ações urgentes contra mudanças climáticas ainda podem garantir ‘futuro habitável’ na Terra

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Manifestação do ‘Fridays For Future’ em Berlim, Alemanha, em alerta às mudanças climáticas na Terra. — Foto: AP Photo/Michael Sohn, File

Após uma semana de negociações, o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, divulgou nesta segunda-feira (20) o relatório síntese do seu atual ciclo de avaliações sobre o aquecimento global provocado pelo homem – o próximo só deve ser publicado no final desta década.

O documento não traz novos estudos, mas sim um resumo final do conteúdo dos seis últimos relatórios elaborados pelo painel, reconhecido mundialmente como a fonte mais confiável de informações sobre as mudanças do clima.

Nele, os cientistas alertam que ainda há esperança para a ação global frente à estabilização da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, embora muito ainda precise ser feito para evitar o colapso climático do nosso planeta.

O que é o IPCC e por que os alertas por eles emitidos são preocupantes?
“Este Relatório Síntese ressalta a urgência de tomar medidas mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos”, disse o presidente do IPCC, Hoesung Lee.
“A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos à natureza e às pessoas, mas também proporcionará benefícios mais amplos”.

Entre suas principais conclusões, o relatório que tem 93 autores também pontua que existem várias opções viáveis e eficazes para nos adaptarmos às mudanças climáticas e reduzirmos globalmente as emissões de poluentes.

Apesar disso, o IPCC também relembra que esse desafio continua cada vez maior, já que as demandas vistas como fundamentais para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite de 1,5°C até o fim do século vêm sendo implementadas num ritmo considerado “insuficiente” pelos membros do painel.

Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050.

“A humanidade está num gelo fino – e esse gelo está derretendo rapidamente”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres.

“Nosso mundo precisa de ação climática em todas as frentes – tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo”, acrescentou.

G1
12:00:03

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Agência Moré de Notícias