O Hamas admitiu neste domingo (21), pela primeira vez, “erros” que provocaram a morte de civis durante seu ataque em solo israelense, que desencadeou uma guerra na Faixa de Gaza com mais de 25.000 mortos.
Em um documento com 16 páginas, em inglês e árabe, o grupo islamista palestino indicou que a operação de 7 de outubro foi um “passo necessário” e uma “resposta formal” frente a “todas as conspirações israelenses contra o povo palestino”.
Este é o primeiro documento público divulgado pelo grupo para explicar seu ataque a Israel, e no qual admitiu que “talvez tenham ocorrido alguns erros durante a operação” devido “ao colapso rápido da segurança israelense e do sistema militar, e ao caos nas áreas fronteiriças com Gaza”.
“Se, em algum caso, civis foram tomados como alvo, ocorreu acidentalmente e no transcurso do enfrentamento com as forças de ocupação”, afirmou o movimento islamista no texto.
Em 7 de outubro de 2023, centenas de combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, atacando postos militares, kibutz (comunas agrícolas) e um festival de música eletrônica, deixando mais de 1.140 mortos, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas, das quais uma centena foi libertada durante uma trégua no fim de novembro.
O ataque desencadeou uma ofensiva aérea e terrestre de Israel em Gaza, que já somou 25.105 mortos, majoritariamente mulheres e crianças, segundo o balanço mais recente do Ministério de Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007. AFP