A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou nesta quarta-feira, 10, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi a inspiração para o governo lançar o concurso unificado, que trará 6,6 mil vagas para 21 órgãos diferentes. A expectativa é de que haja entre dois e três milhões de inscrições. De acordo com a ministra, a intenção do governo é realizar esse tipo de concurso a cada dois anos.
“Esse concurso é uma das maiores inovações de se pensar o Estado brasileiro e faz parte da nossa lógica de transformação. (…) Toda inovação gera dúvidas, depois que as pessoas conhecerem os detalhes, nossa ideia é que se torne algo permanente, provavelmente não anualmente, mas algo como bianual”, disse a ministra em coletiva de imprensa, ao lado de técnicos da sua pasta e representantes de outros ministérios, como o número 2 da Justiça, Ricardo Capelli, e o secretário-executivo do Trabalho, Francisco Macena.
A opção pelo modelo de prova unificada atende à necessidade de reposição do quadro de servidores, muito desfalcado em algumas carreiras, e diminui o custo de realização das provas para o governo, permitindo que mais órgãos sejam atendidos no mesmo edital.
A Gestão destacou que, nos últimos seis anos, o governo federal perdeu 73 mil servidores. Dweck ainda explicou que a partir da quinta-feira, 11, a pasta iniciará uma série de lives para esclarecer dúvidas sobre os editais do concurso.
Dweck destacou que a PEC da Transição, aprovada ainda em 2022, foi fundamental para permitir a realização dos concursos públicos, porque não havia recursos para repor o funcionalismo. Ela ainda comentou que costumeiramente é questionada sobre qual é o setor do governo que está em situação mais delicada, em termos de desfalque de servidores. “Não consigo definir”, disse. ADMIN3