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Conhecido como o “poderoso chefão da IA” no Google, Geoffrey Hinton, de 75 anos, afirmou que a sobrevivência da humanidade está ameaçada pelo avanço da inteligência artificial (IA). Além dele, outros cientistas que ajudaram a desenvolver a tecnologia agora alertam para os perigos de um mau uso dela.
— Acho que eles estão muito próximos disso agora e serão muito mais inteligentes do que nós no futuro. Como sobrevivemos a isso? — disse Geoffrey Hinton, durante uma conferência nesta quarta-feira no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, segundo o jornal português Diário de Notícias.
O cientista, que anunciou sua demissão da Google ao jornal americano The New York Times nesta segunda-feira, disse que mudou de opinião em relação às tecnologias que ajudara a criar. Segundo ele, a inteligência artificial poderá até mesmo controlar pessoas a partir de aprendizados com as obras do filósofo Nicolau Maquiavel. Autor de “O Príncipe”, o pensador italiano, em seus livros, procurou entender as maneiras de dominação por parte do Poder Público.
— Estas coisas (as tecnologias) terão aprendido conosco, lendo todos os romances que já existiram e tudo o que Maquiavel já escreveu, como manipular as pessoas — disse o pesquisador. — Mesmo que não possam puxar as alavancas diretamente, certamente podem fazer com que nós puxemos as alavancas.
Ex-líder do grupo de ética de IA da Google, Margaret Mitchell afirmou não saber por que o cientista não se manifestou durante a década enquanto estava no grupo de poder empresa.
Vencedor junto de Geoffrey Hinton de um prêmio de ciência da computação, Yoshua Bengio afirmou à agência Associated Press estar bastante alinhado ao pensamento do colega. Ele, porém, disse que as falas sobre uma possível condenação da humanidade não vão ajudar a resolver a questão.
— Os perigos, os de curto prazo e os de longo prazo, são muito sérios e precisam ser levados a sério não apenas por alguns investigadores, mas também pelos governos e pela população.
O Globo
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