A chuva pode ser mansa, acalentadora, mas também torrencial, avassaladora. Pode significar início, germinação, mas pode ser fim, destruição. É possível que corra calma, molhando a relva, ou que encharque inclusive a alma, devastando até na selva. Pode não ter raios, descargas elétricas ou trovões, mas pode provocar desmaios, ter consequências tétricas, gerar comoções. Prevenir vento forte, correntezas e tempestades, não é apostar na sorte. É preciso ter norte, estorvar a morte. Não basta criar diques ou represas. É necessário estancar boçalidades, acreditar na ciência e combater iniquidades, pois só o respeito à natureza reduzirá as já frequentes calamidades.
JRDO, em 24 de maio de 2024. @joserobertodantasoliva
