Ainda que não haja argolas de ferro prendendo os pés, ferindo a pele, tolhendo movimentos, nem por isso os grilhões da escravidão contemporânea são menos nocivos ou sangrentos, maléficos ou nojentos. Provocam também dores, gemidos, lamentos; clamores, soluços incontidos, tormentos. Que mórbida ganância é essa, que impele os que de humanos se postam como pretensos senhores? Que sordidez os motiva e a seus perversos feitores, todos de humanidade desprovidos, a causar tantos sofrimentos? Combater a escravidão, promover trabalho digno e decente, não é tarefa de um, mas de todos missão; não é faculdade, mas obrigação; é enfrentamento do maligno, defesa de quem é gente, demonstração de amor ingente, comiseração.
JRDO, em 28 de janeiro de 2024.
@joserobertodantasoliva
