Documentarista mostra cotidiano e detalhes estranhos da ‘família mais incestuosa dos EUA’

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Documentarista mostra cotidiano e detalhes estranhos da ‘família mais incestuosa dos EUA’

O fotógrafo e documentarista norte-americano Mark Laita passou um período com a família Whittaker, que reside na cidade montanhosa rural de Odd, na Virgínia Ocidental, e é considerada a “mais incestuosa dos Estados Unidos”. No podcast “Konkrete”, ele apresentou o cotidiano e os detalhes estranhos desses familiares.

O caso de incesto começou com os pais já falecidos dos irmãos Betty, Lorraine e Ray, que eram primos de primeiro grau duplos, ou seja, compartilhavam os dois pares de avós. Depois disso, os membros passaram a cada vez mais se relacionarem entre si.

Mark teve o primeiro contato com a família em 2009, quando estava escrevendo o seu livro “Created Equal”. Mais tarde, ele lançou um vídeo que mostra a intimidade das 779 pessoas que residem em Odd e dos membros sobreviventes dos Whittaker.

Houve relatos de que uma irmã não identificada e de outros familiares que Laita não chegou a conhecer. “Apesar de não reclamarem, eles levam uma vida muito difícil”, afirmou.

O documentarista afirmou que as pessoas da pequena cidade defendem os Whittaker. Ele relembrou do episódio que foi ameaçado por um vizinho armado. “Eles não gostam que as pessoas venham ridicularizar essas pessoas.”

Entre os membros da família, apenas o primo Timmy se formou no ensino médio. Os demais se comunicam por meio de grunhidos e latem para os transeuntes.

Mas, de acordo com Timmy, eles entendem o que as outras pessoas dizem, pois “se não gostam, eles começam a gritar, para que você saiba que eles não gostaram da ideia”.

O documentarista relatou que isso ocorreu diversas vezes. Ele lembrou do episódio de um membro que começou a gritar e saiu correndo chutando as latas de lixo que encontrava pela frente.

Além disso, muitos deles têm estrabismo e transtornos mentais e físicos, que são resultados de doenças autossômicas dominantes, que se tornam cada vez mais comuns em relações de pessoas com o DNA semelhante.

Ao serem questionados sobre esses problemas, os Whittaker afirmaram que essas características foram causadas pela mineração de carvão.

Após a grande repercussão da história, muitos documentaristas acusaram Laita de explorar as deficiências, ressaltando o estereótipo da endogamia. Porém ele se defendeu e afirmou que o seu intuito foi mostrar o “nível da pobreza” que os Whittaker enfrentam. Tanto que Mark criou um GoFundMe para arrecadar dinheiro para a família. A vaquinha online já conseguiu US$ 50 mil (cerca de R$ 252 mil) da meta de US$ 75 mil (cerca de R$ 379 mil).

IstoÉ
16:00:03

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