
Dina Boluarte era uma desconhecida no cenário político até que a surpreendente vitória eleitoral de Pedro Castillo, em julho de 2021, a tirou do anonimato. Quase um ano e meio depois, ela se tornou nesta quarta-feira (7) a primeira mulher a presidir o Peru, após a destituição do presidente esquerdista por “incapacidade moral”.
Advogada e mãe de 60 anos, Boluarte foi uma das figuras mais aparentes do governo desde que assumiu o cargo de ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social, que exerceu -em conjunto com a vice-presidência- desde o início do mandato de Castillo e até duas semanas atrás.
O agora ex-presidente, preso pelo crime de rebelião, a excluiu do quinto gabinete ministerial em função de uma rotação de ministros.
“Ela tem um perfil de mulher batalhadora”, disse a congressista de esquerda Sigrid Bazán após elogiar a nomeação da nova presidente.
Há apenas dois dias, a nova presidente do Peru foi salva de ser inabilitada para o exercício de cargos públicos por 10 anos, depois que uma comissão do Congresso rejeitou e arquivou uma denúncia que pretendia retirá-la do cargo de vice-presidente por suposta infração constitucional.
Boluarte havia sido denunciada no Congresso pela Controladoria por exercer cargo em entidade privada ao mesmo tempo em que era funcionária pública, algo que a lei peruana proíbe.
Segundo a Controladoria, Boluarte assinou documentos como presidente do Clube Departamental Apurímac quando já fazia parte do governo. Ela admite que assinou os documentos, mas citou uma série de razões burocráticas para isso.
© Agence France-Presse
09:30:02