Dezenas de peixes mortos são encontrados em área de represa da Sabesp, no Rio Santo Anastácio, em Presidente Prudente; ‘Não dava para mensurar’, observa polícia

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Mortandade de peixes no Rio Santo Anastácio, na área da represa da Sabesp, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Luciano Silva/TV Fronteira
Mortandade de peixes no Rio Santo Anastácio, na área da represa da Sabesp, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Luciano Silva/TV Fronteira

Dezenas de peixes mortos foram encontrados no Rio Santo Anastácio, na área da represa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), conhecida popularmente como represa da Cica, na tarde desta segunda-feira (6), em Presidente Prudente (SP).

A Polícia Militar Ambiental esteve no local e constatou que a mortandade de peixes ocorreu possivelmente pela redução do volume de água e pelo acúmulo de vegetação macrófita, encontrada facilmente em brejos e ambientes aquáticos.

O capitão Júlio César Cacciari de Moura, oficial da Polícia Ambiental, disse ao g1 que o material foi coletado para análise, e que o volume de peixes já foi dispersado com a colocação de um mangote com água pela própria Sabesp.

“Será dado início a retirada de parte da vegetação macrófita”, completou o capitão.

Ainda conforme a polícia, não foi possível precisar a quantidade de peixes mortos, visto que eram muitos. “Não dava para mensurar”, atestou.

‘Pouca vazão’
Ao g1, os militares informaram que, após analisar a situação, comunicaram a empresa, que justificou a mortandade de peixes na represa devido à pouca vazão de água, o que motivou a instalação do dispositivo para aumentar o fluxo de água e dispersar os peixes que ainda estavam vivos.

Disse, ainda, que iria realizar a limpeza da vegetação aquática que fica na saída da água em direção ao local atingido.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também foi acionada pela polícia, “se prontificando a ir ao local e colher amostras da água para análise”.

Poluição
Em entrevista ao g1, o biólogo Helder Telles Stapait explicou que, neste casos, as plantas macrófitas atuam como inibidoras da distribuição de oxigênio, “o que acaba asfixiando os peixes”.

Alertou, ainda, que o desenvolvimento contínuo desse tipo de vegetação ocorre, principalmente, devido à poluição.

“Isso é um ponto que merece atenção, porque, por mais que esteja com baixa vazão de água […], se está tendo muita concentração de macrófita, quer dizer que tem muita matéria orgânica permitindo que ela se desenvolva, acelerando o metabolismo para que ela se desenvolva. Existe uma possibilidade muito grande de ter aumentado a poluição no local”, relatou ao g1.

Outro lado
Em nota ao g1, a Cetesb informou que técnicos se dirigiram para proceder a vistoria no local, porém ainda não retornaram para a agência, e que nesta terça-feira (7) encaminhará as informações.

A reportagem também solicitou à Sabesp um posicionamento oficial sobre o caso de mortandade de peixes no Rio Santo Anastácio. A empresa disse ao g1 que a situação foi registrada em trecho após o vertedouro da represa, onde nível está baixo devido à forte onda de calor e falta de chuvas.

“Após vistoria, foi instalado um dispositivo para gerar fluxo de água da represa Santo Anastácio para o local mencionado, aumentando o nível. A companhia esclarece que os níveis da represa estão normais e não afetam o abastecimento da região”, concluiu. G1/Prudente

 

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