Denúncias de trabalho infantil crescem 71,42% na região entre janeiro e maio

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ECA 30 anos: desenvolvimento depende de combate ao trabalho infantil -  Portal CNJ
O Combate ao trabalho infantil precisa ser feito em todas as frentes sociais do país.

Na região de Presidente Prudente, o MPT (Ministério Público do Trabalho) observou, de janeiro a maio deste ano, crescimento de 71,42% no número de denúncias relacionadas ao trabalho infantil em relação ao mesmo período de 2024. Foram 24 notícias de fato sobre trabalho proibido para crianças e adolescentes em 2025 ante 14 registradas nos cinco primeiros meses do ano passado.

Se for considerado o ano todo, em 2024 foram protocoladas 38 notícias de fato, número 8,57% maior do que em 2023, que registrou 35 denúncias.

Em relação ao descumprimento de cota de aprendizagem, o MPT aponta que, em 2024, houve 25 notícias de fato contra sete catalogadas em 2023. De janeiro a maio deste ano, foram três.

Nesta quinta-feira, será celebrado o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil (instituído pela lei nº 11.542/07). “O dia 12 de junho não é apenas uma data simbólica. É um grito de alerta. É quando a sociedade inteira deve parar para lembrar que o trabalho infantil ainda é uma chaga aberta em nosso país. E os números não mentem: as denúncias têm aumentado. Isso não significa apenas que o problema cresceu — significa também que a sociedade está mais consciente, mais atenta, mais disposta a romper o ciclo do silêncio”, afirma o vice-procurador-chefe do MPT em Campinas (SP), Ronaldo Lira.

Para Lira, o aumento dos números também decorre de uma cultura nacional que é permissiva ao trabalho infantil. “O trabalho infantil não é formação de caráter, não é escola de vida, e muito menos solução para a pobreza. Ele é, na verdade, uma violação de direitos, que rouba da criança o tempo de estudar, de brincar, de se desenvolver plenamente. O trabalho precoce perpetua o ciclo da pobreza, impede o progresso escolar, expõe a riscos graves à saúde e à integridade das crianças e adolescentes. Não há benefício que justifique sacrificar uma infância”, explica. O IMPARCIAL 

 

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