(Metrópoles) Sem força nos próprios pulmões para respirar sozinhas, 450 pessoas esperam na fila pelo serviço de oxigenoterapia domiciliar, oferecido pela rede pública de saúde do Distrito Federal.
Segundo a defensor público Ramiro Sant’Ana, em média, a rede pública recebe 49 novos pedidos de acesso ao tratamento por mês. No entanto, sem solução na licitação, a fila só aumenta. A situação alimenta a superlotação de hospitais públicos e expõe centenas de pacientes ao risco de infecção hospitalar ou contaminação por doenças graves, a exemplo da Covid-19.
Em novembro de 2020, a fila tinha 50 pacientes. Em fevereiro de 2021, saltou para 128. Em maio de 2022 foi a 377. Agora, o problema aflige 450 pessoas. Ou seja, a fila ficou nove vezes maior, em apenas dois anos.
Segundo a Secretaria de Saúde, todos os pacientes já inseridos Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) continuam sendo atendidos sem interrupção do serviços. A pasta também afirmou que está atendendo todas demandas judiciais, por meio de processos de contratação emergencial.
De acordo com a secretaria, para atender a população com celeridade, em fevereiro de 2022, houve um processo de dispensa de licitação. No entanto, a empresa vencedora não teria apresentado a documentação necessária para assinatura do novo contrato.
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