As companhias aéreas esperam transportar quase 5 bilhões de pessoas em todo o mundo este ano, superando o recorde de 2019, antes da pandemia de covid-19, anunciou a sua principal organização profissional nesta segunda-feira (3).
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), reunida em assembleia geral em Dubai, também prevê que as empresas devem gerar um lucro líquido global de 30,5 bilhões de dólares (R$ 159,8 bilhões) em 2024 e um faturamento sem precedentes de 996 bilhões de dólares (R$ 5,2 trilhões).
Estes resultados representam “um grande sucesso dadas as graves perdas recentes devido à pandemia”, afirmou o diretor-geral da Iata, Willie Walsh, perante os delegados da sua organização, que reúne 320 companhias aéreas que representam 83% do tráfego mundial.
Os 4,96 bilhões de passageiros esperados para este ano ultrapassariam o recorde de 4,54 bilhões de 2019.
A crise sanitária causou enormes prejuízos no setor do transporte aéreo, estimados pela Iata em 183 bilhões de dólares (R$ 959,1 bilhões na cotação atual) entre 2020 e 2022.
“A recuperação pós-covid foi notável”, disse à AFP Vik Krishnan, especialista do setor aéreo da consultoria McKinsey.
No entanto, há “contrastes entre diferentes regiões”, explica. “As linhas domésticas nos Estados Unidos funcionam muito bem, como na China”, o que não é o caso na França e na Alemanha.
A Iata calcula que em 2023 as companhias aéreas obtiveram um lucro de 27,4 bilhões de dólares (R$ 143,6 bilhões na cotação atual). AFP