Com fungo da Caatinga, brasileiras criam pomada cicatrizante que não deixa queloides

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Pomada teve ótimos resultados em testes
Pomada teve ótimos resultados em testes FREEPIK

Determinadas cicatrizações podem ser extremamente trabalhosas, devido à formação de queloides — tecido que se forma além de um ferimento ou corte de uma cirurgia, por exemplo. Por essa razão, ter disponível produtos que diminuam o risco desse tipo de crescimento anormal é cada vez mais importante.

Pesquisadoras do aboratório de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan conseguiram resultados animadores em uma pomada desenvolvida a partir de um fungo da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, que predomina no Nordeste.

Os testes, realizados em parceria com a start-up BiotechnoScience Farmacêutica demonstrou que a pomada regenerou de forma eficiente a pele, sem induzir a formação de cicatrizes ou queloides.

“A pomada auxilia no processo de cicatrização natural com produção de colágeno no tecido, deixando a cicatrização muito mais uniforme, sem formação de queloides”, explica a pesquisadora Tainah Colombo Gomes, fundadora e CEO da BiotechnoScience Farmacêutica.

Ela acrescenta que já ficou demonstrado que “a pomada em desenvolvimento é segura para uso tópico e produz mais colágeno na pele afetada do que as pomadas cicatrizantes já comercializadas”.

O fungo Exserohilum rostratum, presente na vegetação da Caatinga, está sendo estudado desde 2010 pelas pesquisadoras do Instituto Butantan Ana Olívia Souza e Durvanei Augusto Maria.

Segundo Ana Olívia, os princípios ativos produzidos pelo fungo apresentaram moderada ação antibiótica, sendo capazes de matar bactérias e fungos. R7

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