No ano da COP da Amazônia, a questão do desenvolvimento sustentável fica ainda mais latente. E nessa seara, um ponto reúne Brasil e China com interesses muito semelhantes: a transição energética. O país asiático é líder no assunto. Para se ter ideia, em 2025, a China planeja aumentar 200 milhões de quilowatts em capacidade de energia eólica e solar.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acredita que esse interesse em comum une os países e traz oportunidades.
‘A China pensa como nós, investe em descarbonização. Portanto, há uma clara visão do governo brasileiro, já que nós somos um país visto do ponto de vista geopolítico extremamente solo fértil para investimentos. Essas políticas e essa parceria com a China revigora cada vez mais o nosso horizonte’.
A discussão sobre transição energética aconteceu em Xangai, durante o Summit Valor Brasil China, evento que reuniu autoridades, executivos e empresários e discutiu diversos aspectos das relações entre os dois países.
Representante da chinesa de tecnologia Huawei, Victor Zhang, lembrou no evento que o Nordeste brasileiro tem um grande potencial eólico e solar. E que a empresa tem investido no país. Já Jorge Arbache, professor de economia da Universidade de Brasília, ressaltou que o Brasil tem recursos naturais que o tornam propício e seguro para investimentos em energia sustentável.
‘O Brasil está muito bem posicionado para ser parte da solução global de busca de uma economia de baixo carbono. O Brasil não só está muito bem posicionado nesse sentido, mas também que é o fato do Brasil estar relativamente distanciado das grandes questões geopolíticas. Portanto, é uma área, do ponto de vista geográfico, para investimento que é atrativa’.
Autoridades como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também participaram do evento. CBN
