
Nem os cerca de 650km longe de casa, nem uma realidade tão diferente, de sair de uma cidade com aproximadamente 14 mil habitantes para uma região metropolitana, fazem o lado bom da história perder seu significado para o zagueiro Vitinho, de Pacaembu. Aos 15 anos, a promessa do Oeste Paulista dá sobrevida ao sonho nos gramados, graças à chance conquistada no Água Santa (time do Paulistão), que faz agora o sentimento em casa refletir tranquilidade e emoção.
Tanto a parte sentimental da história quanto a relacionada aos números são descritas pelo pai: Rildo Ribeiro, ex-zagueiro e funcionário público em Pacaembu. Ver o filho atuando na posição em que jogou no extinto Dracena, nas décadas 1980 e 1990, enche Rildo de orgulho.
– Ele lutou bastante por aqui, desde menino. Infelizmente, diante de incertezas e oportunidades que não se concretizaram, o jeito foi tentar longe. Mas é um menino com a cabeça boa. E a estrutura oferecida por lá tranquiliza também. Ele faz 16 anos em fevereiro, e existe a chance de ele ficar, acredito que exista o interesse dele e também o interesse do Água Santa para ele seguir.
Sobre as condições afirmadas, Rildo conta que, além de conhecer a estrutura de perto, colheu informações junto a amigos do meio esportivo, os quais deram referências muito positivas. Em Diadema, o jovem pacaembuense estuda no período da manhã e treina à tarde. Rotina acompanhada por profissionais do clube em diversas áreas, conforme disse o pai, que também garante estar impressionado com a evolução física.
– Fiquei uns dois, três meses, sem vê-lo, e é verdade. Ele evoluiu muito fisicamente, e graças também ao trabalho que vem sendo feito por lá. Ele está com 1,80m e calça 43. Puxou seus tios lá de São Paulo, e não o pai, pois sou o único que não seguiu esse embalo na família – brinca Rildo.
A chegada ao Água Santa ocorreu há cerca de quatro meses. Antes disso, Vitinho aceitou ir para uma escolinha de Marília, uma vez que acenava a ele a possibilidade de defender o Marília no Paulista Sub-15. Porém, sobretudo por um acidente sofrido, a chance não avançou.
Presidente Prudente esteve no trajeto do garoto no capítulo anterior à investida no MAC. Rildo explica que o zagueiro treinou com o Grêmio Prudente, mas, ao analisar tudo que se apresentou como oportunidade, a escolha foi por ir para Marília.
A casa do primeiro semestre ficava a cerca de 170km de Pacaembu. A distância proporcionava idas frequentes do pai, contudo, por ter que arcar com gastos como o aluguel, Rildo se emociona novamente ao falar dos desafios financeiros atravessados.
– Sou funcionário público. É difícil para a gente arcar com gastos como aluguel, que são gastos pesados. Até por isso, uma oportunidade como a recebida agora traz ainda mais tranquilidade para todos.
GE
15:30:02