Carla Zambelli: governo da Itália diz que ainda não identificou o paradeiro da brasileira

O paradeiro da deputada Carla Zambelli (PL-SP) é desconhecido das autoridades italianas, de acordo com a vice-ministra do Interior, Wanda Ferro. A representante do governo da Itália esteve no Parlamento do país europeu na manhã desta sexta-feira e foi questionada sobre a situação da brasileira. Na ocasião, ela informou que a polícia ainda não sabe onde está a foragida, que não foi presa após o desembarque devido a um “lapso temporal” de quatro horas.

“As investigações policiais já realizadas — e ainda em andamento — não permitiram, até o momento, identificar o paradeiro da Sra. Zambelli”, afirmou Wanda após questionamento do deputado Angelo Bonelli, do partido Verde. “No entanto, os esforços para localizá-lo continuam — também por meio da cooperação policial internacional com as autoridades brasileiras — e os elementos coletados até o momento pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais de Roma foram compartilhados com o Ministério Público”, acrescentou.

De acordo com Wanda, a brasileira “aparentemente” chegou à Itália a bordo de um avião que partiu de Miami e desembarcou em Roma no dia 5 de junho, às 11h40. Zambelli usava um passaporte válido emitido pelas autoridades consulares italianas em São Paulo. Mesmo foragida, ela entrou em território italiano pelo fato de análise de risco feita na lista de passageiros não constar na base de dados das forças policiais.

As autoridades brasileiras pediram à Interpol a publicação de um alerta vermelho contra Zambelli neste mesmo dia. No entanto, a aprovação pela Interpol ocorreu somente às 16h24 (horário da Itália) do mesmo dia. E tornado visível na base de dados italiana às 16h46.

“O lapso temporal entre a chegada da Sra. Zambelli e a divulgação da notificação da Interpol não permitiu que as autoridades da Polícia de Fronteira italiana procedessem à prisão, uma vez que, no momento da verificação, foi constatado que ela não possuía antecedentes policiais em território nacional e nenhuma prova desfavorável foi encontrada nos documentos”, explicou Wanda. O Globo