Os candidatos à presidência da Argentina se enfrentaram neste domingo (8) no debate prévio às eleições de 22 de outubro, com acusações mútuas de corrupção e de má gestão da economia, e com fortes censuras ao candidato de extrema direita, Javier Milei, favorito nas pesquisas.
O ministro da Economia, Sergio Massa, candidato da coalizão peronista Unión por la Patria (centro-esquerda), acusou Milei, um economista liberal e antissistema, de promover a escravidão com suas propostas de desregulamentação do mercado de trabalho.
Já a conservadora Patricia Bullrich, da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, afirmou que a proposta de Milei de dolarizar a economia seria feita “com salários da fome”. Ex-ministra da Segurança, Bullrich também criticou-o por sua posição sobre o assunto.
“Milei quer liberar as armas, e as armas liberadas caem nas mãos de criminosos”, disse ela. Com um discurso contra o que chama de “casta política chorra (ladrão)”, Milei tem sido a surpresa desta campanha eleitoral.
Nas primárias de 13 de agosto, obteve a maior votação (29,8%), e as pesquisas colocam-no em primeiro lugar para as eleições de outubro, embora com provável segundo turno em 19 de novembro. AFP