O Brasil está envelhecendo como a Europa ao mesmo tempo em que estão desaparecendo as imagens do brasileiro com muitos filhos. Uma grande mudança demográfica, confirmada pelo último censo, de 2022.
A população idosa bateu o recorde de 10,9%, ou seja, 22 milhões de pessoas. Como comparação, em 2010 era 7,4%. E 1980, apenas 4% dos brasileiros tinham 65 anos ou mais.
A mudança na pirâmide demográfica brasileira se deve a dois fatores principais: pimeiro, queda na taxa de natalidade. Na década de 1950, havia um ideal de família numerosa para ajudar no campo. Com a urbanização, esse modelo de família grande já não funcionava muito.
Soma-se a isso o maior grau de escolarização das mulheres e a disseminação de métodos anticoncepcionais. Outro fator é a redução da taxa de mortalidade com a melhora nas condições de nutrição e saneamento básico, e a ampliação do acesso a serviços de saúde e medicamentos.
Ou seja, o Brasil está envelhecendo como um país europeu. Só que tem uma diferença: “Muitos países, esses que a gente chama de mais desenvolvidos economicamente, são países que conseguiram enriquecer e depois envelheceram. O Brasil é um dos países que a gente diz que envelheceu primeiro, e não enriqueceu”, diz Alexandre Silva, secretário nacional dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa. DA REDAÇÃO COM DEUTSCHE WELLE