Brasil quer ser mais resiliente, após sofrer com eventos climáticos extremos

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Selmar Klunk soube por grupos do WhatsApp, pouco após o meio-dia de 4 de setembro, que a situação em Encantado, pequena cidade gaúcha, estava fora de controle por causa das inundações.

Depois de quase 24 horas de chuvas intensas, o rio Taquari, que margeia o município, transbordou completamente. Klunk deixou seu trabalho e, com água na altura da cintura, se juntou a voluntários que evacuavam vizinhos de suas casas, na parte baixa da cidade.

“Pegou todo mundo de surpresa, não estávamos preparados. Com um plano, teria sido possível salvar [muitas] vidas”, lamentou este homem de 52 anos, que trabalha com turismo. Ao menos 51 pessoas morreram no Rio Grande do Sul por causa daquelas cheias. Sete continuam desaparecidas.

A 2.000 km de Encantado, um grupo integrado por cientistas, funcionários do governo e ONGs começou a discutir em um seminário, realizado no fim de setembro, em Brasília, como preparar o Brasil para mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos.

Diagnósticos apontam que os fenômenos que têm impactado o país reiteradamente nos últimos tempos tendem a se repetir.

Agora mesmo, o Amazonas sofre com uma seca extrema que ameaça o abastecimento de meio milhão de pessoas. AFP

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