Bebê paraguaio nasce sem espaço para o cérebro e passa por cirurgia no Brasil

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Aos quatro meses de idade, a criança não conseguia se sentar e vomitava muito (Crédito: Divulgação)

Um bebê paraguaio de cinco meses realizou uma cirurgia no Hospital Evangélico de Londrina (PR), cidade que fica a cerca de 386 quilômetros da capital paranaense, no dia 12 de março. O recém-nascido possuía cranioestenose, uma malformação do crânio que impossibilita o crescimento e desenvolvimento do cérebro.

A família do bebê é da cidade de Naranjito, uma comunidade de cerca de cinco mil habitantes que fica em Itapuá, no Paraguai. Com a cirurgia, o cérebro do recém-nascido terá espaço para crescer, evitando prejuízos neurológicos.

O diagnóstico de Ícaro Ezequiel Wolfart foi feito já no Brasil, quando ele tinha apenas três meses de vida. A mãe, Bianca Webber, de 25 anos, notou uma elevação na testa do bebê quando foi amamentá-lo pela primeira vez. Aos quatro meses de idade, a criança não conseguia se sentar e vomitava muito.

Ícaro passou por vários pediatras no Paraguai por conta da icterícia, condição que deixa a pele do bebê amarelada, mas só na terceira consulta um especialista constatou a presença de uma protuberância na testa do recém-nascido e sugeriu que a família encaminhasse a criança a um neurocirurgião pediátrico caso o caroço não desaparecesse em dois meses.

Apesar disso, a mãe relatou que não aceitou de primeira e supôs que o problema foi um resultado do parto normal. Apenas depois de ver a propaganda de um capacete que promete corrigir malformações em bebês na internet que a paraguaia pesquisou mais sobre a cranioestenose. “Pensei, é a mesma coisa, é isso que ele tem”, disse Bianca Webber.

Entretanto, por viverem em uma comunidade rural do Paraguai, a família optou por levar o pequeno Ícaro a médicos brasileiros. Por meio de consultas online, o doutor Alexandre Canheu, de Londrina, iniciou consultas à distância e sugeriu que o bebê fosse encaminhado a uma cirurgia.

A cranioestenose é uma malformação em que o crânio do bebê fecha de forma precoce, impedindo o desenvolvimento do cérebro, que fica sem espaço para se expandir. Em específico, Ícaro sofreu com a trigonocefalia, que causa o fechamento de uma sutura na testa do recém-nascido, algo que só deveria acontecer aos seis meses de idade.

Após o procedimento, os médicos afirmam que o bebê está em boas condições e se recuperando. A família segue no Brasil e aguarda liberação para poder retornar ao país de origem. AFP

 

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