Li agora pouco, a informação que a Santa Casa de Presidente Venceslau, teve muitos atendimentos a pessoas que foram picadas por escorpião. Muito grave essa situação!
E grave também, aliás gravíssimo, a quantidade de terrenos sujos em nossa cidade. E isso em todos os bairros e inclusive no centro.
Nas festas de fim de ano, talvez por falta de planejamento, o lixo ficou vários dias nas lixeiras das casas dos munícipes ou espalhadas pelo chão, em vários locais. O que provoca a proliferação de vários bichos peçonhentos e insetos.
A coleta de lixo é um dos componentes principais do serviço de saneamento básico. Todo mundo sabe disso.
“Os locais em que o lixo recebe uma cobertura com terra são chamados de aterros controlados, técnica que não acaba com a contaminação, apenas inibe o mau cheiro e a proliferação de insetos e animais vetores de doenças”.
O tratamento dado pelo poder público ao lixo da cidade é um assunto de alta complexidade e demanda tempo para ser discutido. E carece de interesse do gestor público em realizar obras que solucionem questões tão sérias e rapidamente.
Temos perdido pessoas para a dengue. E vemos nos noticiários diariamente, grande quantidade de crianças vitimadas por picadas de escorpião.
Até quando?
Até quando “outros interesses” irão sobrepor a vida das pessoas?
É preciso pensar no coletivo.
É preciso pensar ações que tenham um alcance maior, voltadas para todos. É de extrema importância construir o equilíbrio estável entre expectativas individuais e necessidades coletivas.
No fim, uma coisa puxa a outra.
Não desejo ver a dor de uma família ao perder um filho porque foi picado por um escorpião, porque alguém não limpou devidamente um terreno ou um quintal. Porque a prefeitura não fiscalizou devidamente esses locais. Porque vereadores não fiscalizaram as ações do executivo.
Com problemas tão básicos necessitando de cuidados, como pensar em desenvolvimento?
Não é?
PATRÍCIA LOPES DE OLIVEIRA
É escritora
