Arqueólogo amador decifra sistema de escrita da Idade do Gelo

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Pontos e marcações associados a pinturas rupestres paleolíticas como esta em Lascaux (França) chamaram inicialmente a atenção de Bacon. Crédito: Prof sax/Wikimedia Commons

Além de uma das manifestações de arte mais antigas conhecidas, os desenhos rupestres feitos por caçadores-coletores europeus durante a Idade do Gelo tinham um propósito inesperado. As imagens de 20 mil anos também eram um sistema de escrita primitivo que registrava informações detalhadas sobre a vida dos animais e uma espécie de calendário lunar, mostram novas pesquisas.

Foi um conservador de móveis e arqueólogo amador britânico, chamado Ben Bacon, quem fez a descoberta inicial de um “sistema de protoescrita” dessas marcas antigas encontradas em mais de 600 imagens da Idade do Gelo em toda a Europa. Depois que Bacon passou incontáveis horas tentando decodificar os pontos, formas e outras marcações – ao lado de representações de animais como renas, cavalos selvagens, peixes e bovídeos extintos –, ele consultou uma equipe de especialistas e pesquisadores independentes sobre suas ideias. Foi aconselhado a persistir no esforço, mesmo não sendo um acadêmico.

Tony Freeth, professor honorário do University College London (UCL, no Reino Unido), foi um dos especialistas consultados por sobre sua teoria. Freeth acabou por tornar-se parceiro de pesquisa do colega amador. “Fiquei surpreso quando Ben veio até mim com sua ideia subjacente de que o número de pontos ou linhas nos animais representava o mês lunar de eventos-chave nos ciclos de vida dos animais”, disse ele à BBC.

Planeta
10:30:02

 

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Agência Moré de Notícias