A ajuda internacional lançada de paraquedas tornou-se um meio controverso de aliviar a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, sujeita a um cerco terrestre por Israel em sua guerra contra o Hamas, após a morte de 18 palestinos que tentavam recolher pacotes.
As autoridades do Hamas pediram na terça-feira (26) o fim imediato desses envios e a abertura dos acessos terrestres após anunciar as mortes, 12 delas de pessoas que tentavam recuperar mantimentos que caíram no Mediterrâneo.
O mar estava agitado e os habitantes que entraram não sabiam nadar, relataram testemunhas. “Quando os paraquedas caíram na água, eles se jogaram lá e alguns não voltaram”, contou à AFP Uday Nasar, de volta no dia seguinte à mesma praia ao norte da Cidade de Gaza, para tentar de novo a sorte.
Outras seis pessoas morreram na segunda-feira em tumultos relacionados à chegada dessas ajudas, segundo as autoridades.
Em 8 de março, cinco pessoas morreram e dez ficaram feridas no campo de refugiados de Al Shati, ao serem atingidas por pacotes cujo paraquedas não se abriu, disseram testemunhas e fontes hospitalares.
“Alertamos aos países que realizam essas operações de risco, porque uma parte cai no mar, outra nos territórios palestinos e outra em áreas perigosas, colocando em risco a vida de civis famintos”, destacou a assessoria de imprensa do governo do Hamas. AFP