O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, reafirmou em acareação no STF nesta terça-feira (24) que recebeu uma quantia em dinheiro vivo dentro de uma caixa de vinho das mãos do general Braga Netto, dizendo que o valor seria parte de uma solicitação anterior, supostamente ligada a uma trama golpista após as eleições de 2022.
Durante a acareação, Braga Netto negou a versão e chamou Cid de “mentiroso” duas vezes. Cid permaneceu de cabeça baixa e não reagiu às acusações. A defesa de Cid disse que pedirá ao STF imagens das câmeras de segurança e registros do Palácio da Alvorada para comprovar o relato.
Cid também relatou ter entregue o dinheiro ao major Rafael de Oliveira, um dos investigados no caso. Houve ainda divergência sobre uma reunião na casa de Braga Netto em novembro de 2022: Cid afirmou que houve insatisfação com o resultado das eleições, enquanto o general alegou que foi apenas uma visita de cortesia.
A acareação durou quase duas horas e foi conduzida pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux.