O bom intérprete lê, relê, enxerga nas entrelinhas. Ouve com atenção, divisa o que não foi escrito, capta a intenção, escuta o que não foi dito. Perscruta o sentido de tudo, sonda os reais propósitos, investiga no vácuo da fala, até o pensamento esquadrinha. O intérprete perspicaz não se detém na literalidade, nem só no que está explícito; revela o que está oculto, decodifica toda a maldade, detecta o que está implícito. O intérprete verdadeiramente eficiente, ao fazer a leitura da vida, descarta ações e palavras vazias, pois compreende que inércia e mudez eloquente, sobre elas devem ter primazia.
JOSÉ ROBERTO DANTAS OLIVA,
em 04 de dezembro de 2023.
@joserobertodantasoliva
