Cratera maior que o Maracanã aberta debaixo d’água é alvo de ação em SP

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Cava submarina foi aberta na confluência do Estuário com Piaçaguera — Foto: Divulgação
Cava submarina foi aberta na confluência do Estuário com Piaçaguera — Foto: Divulgação

“Muitos pescadores, assim como eu, desistiram”. A fala é de Daniel Freitas, de 50 anos, que mudou de profissão após a abertura da cava subaquática de Cubatão (SP). Ao g1, o ex-pescador afirmou que a decisão foi motivada pela poluição e domínio do espaço pelas empresas privadas. O passivo ambiental causado pela obra rendeu uma nova ação judicial, ainda sem decisão.

A cava subaquática é uma cratera aberta debaixo da água para despejo de sedimentos, lixo e materiais contaminados. Feita no estuário, entre Santos e Cubatão em 2017, ela é maior que o Estádio do Maracanã, com dimensões de 400 metros de diâmetro por 25 metros de profundidade, e está preenchida por cerca de 2,4 bilhões de litros de sedimentos.

A cava está atualmente fechada, mas além da falta de peixes, os moradores reclamam de mau cheiro e de poluição no local. Já o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Ministério Público Federal (MPF) apontam outros problemas relacionados à cratera: aumento da profundidade, a licença prévia vencida, a abertura da cava sem a autorização da União, além do prejuízo aos pescadores artesanais e o descarte de sedimentos de maneira incorreta.

No Casqueiro, bairro de Cubatão, a cava foi aberta e escavada sob responsabilidade da Usiminas e da VLI, empresa de logística da Vale, para despejo de material retirado durante a limpeza do Canal de Piaçaguera, ou seja, areia, lodo e outros sedimentos.

A VLI opera o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam) em Cubatão. A obra beneficia o acesso marítimo aos terminais localizados nessa região do porto, pelo Canal de Piaçaguera, que agora pode receber navios de maior porte para movimentação de cargas. G1

 

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