A Rússia reagiu com cautela nesta terça-feira (16) ao convite do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, para uma futura cúpula de paz sobre o conflito na Ucrânia e afirmou que precisa de mais detalhes.
Zelensky afirmou na segunda-feira que a Rússia deveria estar representada em uma segunda cúpula sobre o conflito na Ucrânia, após uma primeira reunião internacional na Suíça no mês passado, que não teve a participação de Moscou.
“A primeira cúpula da paz não foi uma cúpula da paz de nenhuma maneira. Então, talvez seja necessário entender primeiro o que ele quer dizer”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao canal de notícias Zvezda, ao comentar a declaração de Zelensky.
As palavras do presidente ucraniano representam uma mudança de tom a respeito da conferência na Suíça, quando ele descartou de maneira categórica um convite à Rússia.
No dia 15 de junho, líderes e funcionários de alto escalão de mais de 90 nações se reuniram em Bürgenstock, na Suíça, para um encontro de dois dias sobre a guerra na Ucrânia, mas sem a presença de representantes da Rússia e da China.
Rússia e Ucrânia têm posições muito distantes sobre um possível acordo de paz para acabar com o conflito, que começou há mais de dois anos.
Moscou insiste que deve manter todo o território que ocupa atualmente, quase 20% do país, enquanto Kiev exige que todos os soldados russos se retirem das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014. AFP