O Exército israelense bombardeou a Faixa de Gaza neste sábado (11) e ordenou à população palestina que se retirasse de mais bairros da cidade de Rafah, onde a ONU alerta para uma catástrofe de proporções “épicas” em caso de uma operação militar maciça.
Em Rafah, no extremo sul da Faixa, na fronteira com o Egito, houve intensos bombardeios israelenses, segundo testemunhas, e imagens da AFP mostram colunas de fumaça sobre a cidade.
Os bombardeios também atingiram áreas mais ao norte do território palestino, em um momento em que a ONU alerta que a ajuda humanitária está bloqueada desde que as tropas israelenses entraram no leste de Rafah na segunda-feira e fecharam a passagem.
Pelo menos 21 pessoas morreram em ataques com bombas durante a noite no centro de Gaza e seus corpos foram levados para o Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir al Balah, informou a unidade. Cobertos por um pano branco, os corpos foram colocados no pátio do centro médico.
Neste sábado, o Exército israelense pediu a evacuação de outros bairros de Rafah, e diversas testemunhas afirmaram que os moradores estão se preparando para deixar a área. Estas localidades ficam a oeste da região que Israel havia ordenado a retirada na segunda-feira, no leste de Gaza.
O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, publicou uma mensagem em árabe na rede social X, na qual afirmava que “atividades terroristas do Hamas” foram observadas nessas áreas “nos últimos dias e semanas”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste, por sua vez, na necessidade de lançar uma operação em Rafah, onde estão concentrados 1,4 milhão de pessoas, a maioria deslocadas pela guerra, considerando que a região abriga os últimos redutos do Hamas.
Neste sábado, o Exército israelense afirmou que “cerca de 300.000 palestinos” deixaram os bairros no leste de Rafah desde segunda-feira. AFP