Homem sobrevive depois que prego disparado por pistola com defeito atinge seu olho e fica alojado no cérebro

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Radiografia simples de crânio, incidência anteroposterior (A) e perfil (B), evidenciando corpo estranho metálico semelhante a um prego.
Radiografia simples de crânio, incidência anteroposterior (A) e perfil (B), evidenciando corpo estranho metálico semelhante a um prego. — Foto: Reprodução/Kee T, Chung Lee K, Abdul Rahim A, et al. (January 09, 2024) A Nail in the Brain. Cureus

Um homem escapou da morte após uma pistola de pregos com defeito atirar um prego direto em seu olho. O objeto ficou alojado em seu cérebro e precisou ser retirado com cirurgia. O caso ocorreu na Malásia e foi relatado pela equipe médica do Hospital Sultanah Bahiyah, em artigo publicado na revista científica Cureus.

O relatório descreve o acidente ocorrido com o homem de 30 anos, que trabalhava em um canteiro de obras, operando uma pistola pneumática de pregos sem usar óculos de segurança. A arma havia emperrado e, quando o homem verificou se havia algum defeito no cano, ela disparou acidentalmente em seu olho esquerdo.

O prego passou a milímetros do globo ocular, mas ainda assim penetrou na parte frontal do cérebro, fraturando a órbita ocular. Ao chegar ao hospital, o paciente foi descrito como “cooperativo e totalmente orientado”, apesar dos ferimentos significativos.

Ele recebeu imediatamente uma vacina antitetânica, antibióticos e medicação anticonvulsivante. No entanto, logo ficou claro que os problemas iam muito além dos seus olhos. Uma radiografia do crânio do homem mostrou que o prego havia penetrado no lobo frontal do cérebro, uma área vital para o movimento e a linguagem. Havia sangramento que se estendia às regiões cerebrais vizinhas.

O paciente foi submetido a uma cirurgia de emergência para remoção do prego, durante a qual os cirurgiões puderam confirmar que as principais artérias e os nervos olfatórios felizmente escaparam ilesos. Eles também conseguiram reparar o dano ao olho.

O paciente passou cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois teve alta.

“Ele se recuperou bem durante o período pós-operatório, sem nenhum déficit neurológico”, escreveram os pesquisadores.

No entanto, ele ainda não conseguia fechar os olhos adequadamente uma semana após a cirurgia e não conseguia enxergar pelo olho esquerdo. Os médicos não sabem como continuou sua recuperação, pois ele retornou ao seu país de origem para receber mais cuidados. Globo

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