Encerramos o primeiro semestre legislativo de 2023 com um balanço pouco otimista em vista da inoperância da Administração e do próprio Legislativo municipal
que continua se deixando pautar pelo Executivo. Estamos focados na incapacidade e na falta de habilidade do governo municipal para apresentar propostas que tragam, para o centro do debate, os temas e as demandas que afligem a vida dos venceslauenses.
Problemas gravíssimos na saúde, filas intermináveis, postos de Unidade Básica de Odontologia que se quer possuem resinas, antibióticos básicos em falta na Farmácia Municipal, filas enormes para pequenos procedimentos oftalmológicos, secretários que tomam partidos no tapetão minando a oposição.
Neste primeiro semestre de 2023, não passou, pelo parlamento municipal, nenhum projeto estruturante para fazer frente aos desafios da perca de população, dá terrível e inconsequente queda da arrecadação municipal que implicará, no déficit habitacional, do desemprego, da informalidade dos pequenos empreendedores, da Casa
das Artesãs (que sequer são recebidas pelo governo local), do caos da saúde, da educação, do transporte e do funcionalismo público precário, entre tantas áreas prioritárias urgentes!
As sessões legislativas tem se pautado por denominarem nomes de ruas e aprovarem moções de aplauso, repúdios etc….
Pedidos de Comissão Especial de Inquérito se arrastam no nome da Santa Casa, uma pena, apenas se revelam as semelhanças das práticas utilizadas nos governos passados e agora pela nova velha aliança. Não bastasse a velha tática legislativa de se opor a qualquer iniciativa que venha dos progressistas, o próprio governo, eleito por um partido de centro-esquerda não disse ainda a que veio e o que que tá pegando. Nessa nova Idade Média Moderna, tudo segue igual, mas com uma pitada de maquiagem dos problemas reais.
Os projetos enviados ao parlamento municipal ficaram restritos a abertura de créditos adicionais suplementares, e que, se quer conseguiram cumprir promessas de campanha mais básicas como elencadas em seu próprio plano de governo disponibilizado no TSE, na qual, diga-se de passagem, foi a última candidata a juntar seu plano de governo
na plataforma eleitoral.
Os problemas que apontamos tratam-se apenas da falta de coesão na própria base do governo, e pior de alguns vereadores curiosos, que outrora se posicionam como oposição e outras mais governistas que o próprio líder do governo. Essa oscilação camaleônica é um tanto curiosa, a política tem desses feitos.
Vereadores que publicamente criaram embates e rachas visíveis, mas nos bastidores seguem mais firmes que nunca, um misto de cinismo e apostando na inocência do eleitor. Alguns, ficaram quase irreconhecíveis durante os quase três anos de mandato. São como pedra de amolar: afiam, mas não cortam nada. Falta projetos de reajuste para
os servidores municiais, deflagrou-se uma crise na base governista, obrigando os súditos da prefeita enterrarem uma reforma administrativa.
Mais um bate-cabeça no governo. Vereadores eleitos com apoio da esquerda, mas que são verdadeiros violinos, seguram com a esquerda e tocam com a direita, ajudando sem perceber os projetos pessoais da prefeita. Abram-se os olhos, quando a inteligência é muita, ela costuma engolir o dono, já advertia Dr. Ulysses Guimarães.
A última proposta do Executivo relevante, é o reajuste geral para os servidores públicos. Ofereceu apenas 6% de reposição salarial, o que não repõe as perdas salariais. No mesmo PLC, houve a proposta de um reajuste na diária do Vale Alimentação de R$ 5,00, um mero “vale coxinha de frango”.
Na briga de David e Golias, o povo e o funcionalismo sempre perdem. O fato é que, mesmo com um orçamento robusto, as ações anunciadas pelo executivo não
prometem melhorar a saúde reduzindo as filas, agilizando licitações, não garantem que o governo é aprovado pelo povo, e para que nós, o povo, acreditemos nisso empenham desesperadamente R$ 42 mil reais em verbas de publicidade.
Onde estavam os vereadores quando essa aberração foi feita? Se fosse a música regida com outros maestros – diga-se de passagem, alguns ex-prefeitos – a
sinfonia seria mais árida? Garantimos pequenos avanços, e apesar de enfrentarmos sozinhos um governo com claro viés autoritário e que joga pelo tapetão, derrubando presidentes de partidos democraticamente eleitos, para minar as vozes de oposição, seguimos denunciando no Ministério Público, tal como a falta de transparência de gastos das viagens da prefeita, os gastos com espumantes durante a pandemia, e outros absurdos.
Tal administração trata a oposição como grama de jardim, deixando viver, mas sem crescer…. Não se pode fazer do quadrado um redondo, o cidadão tem apontado a diferença gritante entre as ações e políticas públicas implementadas pelo governo municipal e a sua incapacidade de articulação junto ao Estado e a União. Se valendo de
métodos sorrateiros, tomando partidos, minando e liquidando grupo a grupo, até sobrar a rainha.
A próxima gestão terá o desafio de lidar com um empréstimo milionário, as criancices na administração, o falatório pelas costas e pior um caos na Saúde e crise social
que tanto nos envergonha. Com a incapacidade da gestão municipal, cresce a responsabilidade da oposição em evidenciar para a população a negligência do governo venceslauense.
Se Bárbara em Presidente Venceslau, é a vitrine da nova política, a vidraça está trincada por sua própria incapacidade. E a pedra, está sepultada na Câmara Municipal.
JOÃO PEDRO DA PAZ
É bacharel em Direito. Pós graduando em Direito Penal e Processual Penal. Professor de Libras e presidente da REDE Sustentabilidade em Presidente Venceslau.
Uma resposta
Blá blá blá!!!
Grama de jardim não! Randolfe do Venceslau!!!
Barbara vai mostrar a vcs o que é aprovação popular!
Desafio vc a fazer uma pesquisa de opinião!