Tempo, a cronologia da vida. Na infância, o ignoramos; na adolescência, queremos acelerá-lo; na juventude, dele desdenhamos; na velhice, queremos pará-lo. Ó tempo, que bom seria poder dominá-lo, submetê-lo à nossa vontade, quiçá ser infinito, como você. Mas não! Quando o queremos rápido, insiste em ser lento. Apressa-te quando seria para desacelerar. Nascer, crescer, se tornar adulto, envelhecer e morrer. No relógio da vida, a bateria perde energia e também se esvai. A beleza está em descobrir que, apesar da finitude, há tempo certo para cada coisa. É bíblico. O que é, então, perda de tempo? Administre bem o seu, priorize o que importa, conecte-se com a família e com os amigos, enxergue detalhes, viva intensamente. Talvez seja este o segredo de lidar bem com o indômito tempo.
José Roberto Dantas Oliva