CNN – Os militares ucranianos e o grupo mercenário Wagner relataram novas retiradas russas em torno da cidade de Bakhmut nesta quinta-feira (18), enquanto Kiev registra seu maior avanço em seis meses antes de uma contraofensiva planejada.
As tropas da Ucrânia perto da linha de frente disseram que a Rússia estava bombardeando as estradas de acesso para retardar o ataque ucraniano, que mudou de ritmo após meses de lentos ganhos russos no combate terrestre.
“Agora, na maior parte, conforme começamos a avançar, eles estão bombardeando todas as rotas para as posições de frente, então nossos veículos blindados não podem transportar mais infantaria, munição e outras coisas”, disse Petro Podaru, comandante de uma unidade de artilharia ucraniana.
Os militares da Ucrânia disseram que as tropas avançaram em alguns lugares por mais de um quilômetro. Suas forças estiveram na defensiva por meio ano, resistindo a uma enorme ofensiva de Moscou que obteve apenas ganhos lentos.
“Apesar do fato de nossas unidades não terem vantagem em equipamentos… e pessoal, elas continuaram avançando pelos flancos e cobriram uma distância de 150 a 1.700 metros”, disse o porta-voz militar Serhiy Cherevatyi em comentários televisionados.
Grupo Wagner e recuo russo
O chefe do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que suas forças dentro da própria Bakhmut ainda estão avançando, prestes a expulsar as tropas ucranianas de seu último ponto de apoio na área construída na periferia oeste da cidade.
Mas ele acusa os comandantes das forças regulares da Rússia de abandonar o terreno ao norte e ao sul da cidade, aumentando o risco de as tropas no interior serem cercadas.
“Infelizmente, as unidades do Ministério da Defesa da Rússia recuaram até 570 metros ao norte de Bakhmut, expondo nossos flancos”, disse Prigozhin em sua última mensagem de voz na quinta-feira.
“Estou apelando para a liderança do Ministério da Defesa — publicamente — porque minhas cartas não estão sendo lidas”, disse Prigozhin, dirigindo-se ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.
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