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Em um país com mais celulares do que habitantes, profissões “nativas digitais” ganham cada vez mais espaço no mercado de trabalho, mas nenhuma tem atraído tanto os holofotes quanto a dos influenciadores. Compartilhando o dia a dia e produzindo conteúdo bem-humorado, informativo ou de simples entretenimento, eles chamam a atenção para uma rotina que, sob fria análise, pode até parecer só de boas experiências, mas que ainda é pouco conhecida pelos seguidores.
O Brasil é o segundo país com mais pessoas apostando na carreira, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde 13,5 milhões trabalham como influenciadores, segundo pesquisa da consultoria Nielsen de 2022. Só no Instagram, o país lidera o ranking, com 10,5 milhões de influencers — o equivalente a oito vezes o número de advogados ou quase 20 vezes o número de médicos brasileiros, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na análise da professora de Pesquisa e Comportamento do Consumidor da ESPM, Karine Karam, o sucesso dos influenciadores tem a ver com o uso massivo das redes sociais, que fez a atenção das pessoas, antes concentrada em meios tradicionais de comunicação, se dividir. Com a audiência, os olhares do mercado publicitário também se voltam para as redes, tornando o dia a dia na tela do celular uma chance profissional para muitos.
Ela compara a construção da carreira no mundo da influência, que passa essencialmente pela formação de uma relação com o público, os seguidores, ao lançamento de um produto:
— Quando um produto é lançado, a marca busca as lacunas. É uma fórmula complexa que envolve pesquisa de mercado, onde se busca entender como e o que tem agradado o público, o que faz falta, como ele se vê representado.
Extra
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