No novo Minha Casa Minha Vida, governo quer financiar imóveis de até R$ 150 mil para mais pobres

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Governo quer retomar Minha Casa Minha Vida com foco na casa própria de famílias que não conseguem tomar crédito imobiliário sem subsídios Guilherme Pinto

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva pretende lançar o novo Minha Casa Minha Vida no próximo dia 14 direcionando o foco do programa habitacional para a contratação e construção de imóveis para a chamada Faixa 1, que é voltada para as famílias de menor renda e cujo valor é quase todo subsidiado.

O objetivo é melhorar as condições para os que têm maior dificuldade de alcançar a casa própria sem ajuda do governo. Para isso, uma das medidas que devem ser anunciadas será o aumento do valor máximo dos imóveis contratados nessa faixa, numa tentativa do Executivo de retomar o interesse das construtoras por esse público.

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o Minha Casa Minha Vida, marca dos governos petistas anteriores, foi substituído pelo Casa Verde Amarela, que privilegiou faixas mais altas de renda e não conseguiu concluir obras. Atualmente, o programa paga no máximo R$ 96 mil para as casas da Faixa 1.

Esse valor é considerado baixo pelo atual governo e pelas construtoras, e um dos entraves para a retomada de projetos parados. O novo teto ainda está sendo avaliado por técnicos de diferentes áreas do governo, mas deve girar em torno de R$ 150 mil, indicam fontes envolvidas nas conversas.

Elevar esse teto para a Faixa 1 é uma das formas de o governo cumprir a promessa de campanha de Lula de retomar as obras de habitação popular. O presidente planeja inaugurar neste mês casas do programa contratadas ainda durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016), na Bahia, para marcar o início da retomada do Minha Casa Minha Vida — que pode manter este nome ou ser chamado de Novo Minha Casa Minha Vida.

Bolsonaro reformulou o Minha Casa Minha Vida em 2020, adotando o nome Casa Verde e Amarela. Sem espaço para expandir gastos, o Casa Verde e Amarela não fez contratações para essa faixa de menor renda, que depende do subsídio do Orçamento federal. A prioridade foi terminar obras inacabadas e estimular operações de crédito com descontos bancados pelo FGTS para trabalhadores com capacidade de tomar os financiamentos.

O Globo
10:40:03

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Agência Moré de Notícias