Covid-19: vacina bivalente da Pfizer será aplicada nos grupos prioritários em duas doses

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As vacinas contra as novas mutações precisam ser atualizadas e fabricadas. Foto: LUIS ROBAYO/AFP

No fim de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o aval para a vacina bivalente contra a Covid-19 produzida pela Pfizer. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que os primeiros lotes do imunizante devem chegar nas primeiras semanas de dezembro, porém, sem especificar a data ou a quantidade de insumos que serão disponibilizados, gerando dúvidas entre a população.

Desde que a pandemia começou, o vírus vem sofrendo mutações — o que é normal — entretanto, em razão disso, vacinas atualizadas precisam ser fabricadas. Os novos imunizantes são produzidos pela farmacêutica Pfizer e protegem contra a cepa original do vírus, a variante Ômicron e suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5.

Essas vacinas estimulam nosso sistema imunológico a elaborar uma linha de defesa mais específica e, consequentemente, mais eficaz contra o vírus. O objetivo dela é expandir a resposta imune e melhorar a proteção da população.

É provável que a remessa que chegar não englobe a população como um todo, sendo preciso fazer uma nova contingência de grupos. Segundo especialistas ouvidos pelo EXTRA, os grupos prioritários, ou seja, os que têm maiores riscos de desenvolver a forma grave da doença, serão os primeiros a receberem a vacina bivalente. São eles: os imunossuprimidos — sejam transplantados, com doenças autoimunes, ou pacientes oncológicos — e os idosos com mais de 75 anos de idade.

Nos estudos clínicos, a vacina bivalente demonstrou capacidade de produzir quatro vezes mais anticorpos neutralizantes contra as variantes BA.4 e BA.5, quando comparada à monovalente, sobretudo nesses grupos de risco.

— É importante ressaltar que as vacinas vigentes, ou seja, as monovalentes, também tiveram um resultado parecido e continuam oferecendo proteção. Tanto que passamos por uma nova onda de casos de Covid, e o número de hospitalizações e mortes não teve um impacto tão grande quanto ondas anteriores. Mas a vacina é preventiva, precisamos que ela sempre esteja olhando para frente, atualizada e a mais preparada para nos proteger do que podemos encontrar mais para frente — afirma o infectologista e pesquisador da Fiocruz José Cerbino.

Extra
08:50:02

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