
ALI KHARA/REUTRES – 28.07.2022
Sob o controle de um governo que, mergulhado em seu radicalismo, semeia o ódio à figura feminina, as mulheres do Afeganistão sofrem com o retorno do Talibã ao poder há um ano.
Com ainda menos acesso à educação, expulsas de cargos públicos e impedidas de exercerem suas profissões, elas se encontram desamparadas desde a queda da capital, Cabul, em 15 de agosto de 2021.
Naqueles dias, as imagens de milhares de afegãos desesperados no aeroporto da capital, na tentativa de deixar o país, chocaram o mundo. Diante do terror de um novo governo do Talibã, pessoas morreram ao tentar se agarrar nos aviões americanos que decolavam do aeroporto de Cabul.
Todo o desespero, entretanto, se justificou. Ao contrário do que os governantes haviam prometido, um ano após a retomad, as mulheres voltaram a ser invisíveis. Elas estão proibidas de percorrer mais de 70 km sem estar acompanhadas por um homem da família, são orientadas a ficar em casa e a usar a burca para que seu corpo e rosto fiquem cobertos.
Além disso, sem a ajuda dos EUA, o país mergulhou em uma crise socioeconômica ainda mais grave, e a fome severa é muito presente na região.
R7
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