Uma surpresa que dói muito

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Última foto que fiz do Roosevelt em 29 de junho de 2018, às 16h05, num de nossos encontros em seu escritório.

UMA SURPRESA QUE DÓI MUITO


Fiquei sabendo por volta das 21h30 da noite desta segunda-feira (10), da morte de Roosevelt Roque dos Santos. A morte sempre surpreende e a do “Veto” não foi diferente. Sou acostumado a informar falecimentos, mas tem alguns que são difíceis de noticiar e este não foi fácil.

A diferença de idade entre eu o Veto é de 11 anos. Ele é contemporâneo de meu irmão Clóvis, ambos com 73 anos. Cito este detalhe, porque durante toda a minha vida tive admiração por ele, e nos últimos seis anos pude conhecê-lo melhor, pois viramos “sem querer”, companheiros de caminhada nos finais da tarde da Praça Nicolino Rondó.

Ele era rapidinho e conversava comigo sempre andando do lado esquerdo e puxando o meu braço com o seu a cada indagação sobre os assuntos que falávamos. Que cara legal. Inteligente, cordato, democrata, educado e dominava muitos assuntos com abrangência e sabedoria.

Aquele vereador que sempre admirei, o advogado pelo qual eu olhava com muito respeito, o presidente da UDR nacional que orgulhava a área produtiva de Presidente Venceslau, o amigo do Lions Clube, o candidato a deputado federal que por pouco não conseguiu um cadeira.

Sempre presente em várias reuniões sociais de interesse da cidade, era ainda um ótimo orador. Também apreciava este dom que tinha. Falava sem delongas, era preciso, um digno representante da inteligência e da força de realização do povo venceslauense.

Foi vereador, advogado, empresário do agronegócio, presidente do Lions Clube, presidente da Câmara, um amigo de todos e um baita trabalhador. Amava a família e gostava de falar dela. Tinha carinho especial pela esposa Fernanda e orgulho dos filhos.

Sei um pouco da sua história e algumas coisas de um primeiro infarto que quase o levou quando tinha pouco mais de 50 anos. Sentiu dor na fazenda lá no Mato Grosso do Sul e veio dirigindo sozinho, acho “que meio infartado” (não sei se existe isso), mas conseguiu uma consulta com o José Hamilton e daí tudo clareou com uma ponte de safena.

Ele me falava sobre várias coisas e era interessado pela política nacional. Acompanhava tudo pelos jornais, televisão, revistas.

Nos últimos anos, às vezes o procurava como vizinho no escritório de frente à nossa Agência na Rua Prudente de Moraes e ele sempre me recebia com aquele sorriso de satisfação e já ia falando de política. Não é fácil não. Essa é uma notícia que machuca, essa é uma surpresa que dói muito.

Toninho Moré

00:07:53

Uma resposta

  1. Realmente uma grande perda para Venceslau. Que DEUS conforte a família e amigos.

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