‘Sonhos confinados’: pesquisa analisa o que brasileiros têm sonhado durante a pandemia

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“As pessoas costumam falar que o mundo está um pesadelo. Não é à toa que a gente usa esse termo”, afirmou o professor Gilson Iannini, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele é um dos responsáveis pela pesquisa “Sonhos confinados”, que analisa o que os brasileiros têm sonhado durante a pandemia de coronavírus.

Até esta quinta-feira (28), mais de 25,6 mil pessoas haviam morrido com Covid-19 no Brasil e o número de casos confirmados da doença era maior que 414 mil.

“As pessoas estão sonhando de uma maneira muito diferente. A nossa hipótese é que esse contexto todo que a gente está vivendo, tanto da pandemia, quanto dos impasses políticos e econômicos, geram uma exigência de trabalho psíquica intensa”, explicou.

A pesquisa é coordenada por profissionais da UFMG, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enquanto a USP e a UFRGS são focadas em relatos de profissionais da saúde e da educação, a UFMG analisa sonhos de qualquer pessoa, de qualquer idade ou profissão.

Quem quiser enviar o relato não precisa se identificar. Os sonhos são colhidos em um formulário on-line, disponível no Instagram do projeto. A pessoa deve descrever o sonho e as lembranças, associações e interpretações que fez dele. “Se a pessoa preferir, pode mandar áudio no WhatsApp para contar mais detalhes”, completou Iannini.

Cerca de 660 sonhos já foram narrados pelos brasileiros, 360 só na base de dados da UFMG. Na universidade mineira, mais de 10 pesquisadores da pós-graduação em psicologia participam do trabalho. O tratamento dos dados é feito com apoio de métodos computacionais de análise do discurso, com colaboração do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

G1
10:50:03

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