Região tem mais celulares que pessoas

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Foto: Isadora Crivelli – Luiz não possui telefone fixo, resolve tudo pelo telefone celular

Os números mais recentes disponibilizados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), de novembro de 2019, apontam que os 53 municípios da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado, da qual é cidade polo Presidente Prudente, acumulam 1.075.900 linhas de telefones móveis, ou seja, mais de um milhão de celulares, número que supera em cerca de 180 mil a população regional, estimada em 895.426 pessoas, de acordo com levantamento divulgado em 1° de julho de 2019 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

A única cidade cujo número de celulares é maior que o número de munícipes, e por consequência, que alavanca os números de todo o oeste paulista, é Presidente Prudente, que com seus 228.743 habitantes possui quase 600 mil linhas móveis, o que pode ser explicado pelo fato de Prudente ser o centro regional e abrigar muitas empresas, que, por sua vez, possuem celulares próprios. A tese é evidenciada pelo dado, o qual demonstra que mais de 200 mil linhas na capital regional são posse de pessoas jurídicas.

Outra situação clara é o aumento vertiginoso do número de linhas. Os dados da Anatel que comprovam são os comparativos entre novembro de 2009 e 2019 na área do código 18 (que além da região de Prudente, abriga as regiões de Araçatuba e Assis). Em 2009 existiam 1,6 milhão de telefones celulares nas regiões, número que cresceu 43,75% em 10 anos, atingindo na última contagem 2,3 milhões de aparelhos.

Por que, afinal, o celular é tão atrativo e cresceu tanto nos últimos anos? O povo, que vive a realidade dos novos tempos, arriscam palpites. O barman Luiz Carlos da Silva Moreno, 38 anos, admite ser difícil viver sem o aparelho, e relaciona isso à viabilidade, que vai desde o uso para o trabalho, até a facilidade de ter a internet na palma da mão. “Antigamente tínhamos que ir para a lan house, hoje em dia está na palma da mão”.

Já a mestranda em Química, Luana Passamoto, 26 anos, que caminhava ouvindo músicas em seu fone de ouvido no calçadão de Prudente, identificou as situações sociais que englobam a relação humana com o celular. “Eu acho que com a globalização nos tornamos dependentes destes mecanismos, naturalmente você acaba contaminado”, afirma.

O Imparcial
10:35:02

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