Por Que Ficamos Arrepiados?

Início » Blog » Por Que Ficamos Arrepiados?

Essa é mais uma daquelas curiosidades que todos temos, e que felizmente a ciência nos ajuda a entender. E quando isso ocorre, muitas vezes vemos que de fato havia algo que nem imaginávamos, oculto do senso comum. Por exemplo: você já se perguntou por que ficamos arrepiados?

Algumas respostas comuns podem vir à sua mente nesse momento. Quando sentimos frio nossos pelos se eriçam. É o que acontece com outros mamíferos nessas circunstâncias: os pelos arrepiados formam uma capa protetora contra a baixa temperatura.

O mesmo pode ocorrer por alguma reação emocional, uma herança evolutiva de quando fazíamos isso frente a alguma ameaça. Certamente você já viu algum animal em posição de ataque ficando arrepiado…

Mas tem muito mais que isso. E é agora que você compreende como sempre há outros detalhes por se descobrir.

Pelos arrepiados e células-tronco

Em um estudo recente, pesquisadores de Harvard afirmam ter encontrado um mecanismo oculto estimulado por esses arrepios. A partir de testes em animais, eles concluíram que quando isso ocorre, também se está regenerando os pelos e cabelos.

A pesquisa demonstrou que as mesmas células responsáveis por ficarmos arrepiados estimula as células-tronco do folículo piloso. Quando ocorre o arrepio, o músculo abaixo da pele se contrai, conectando o nervo simpático a essas células-tronco do folículo.

Então, toda vez que você sente frio e vê seus pelos ficarem eriçados, saiba que também haverá um estímulo para o crescimento desses pelos. Os cientistas argumentam que talvez seja por isso que mantemos até hoje essa característica evolutiva, mesmo que tenhamos desenvolvido outras formas de nos proteger do frio há milênios.

Segundo comenta a Dra. Ya-Chieh Hsu, uma das autoras do estudo, é como se nossa pele “pensasse” por si só:

“Poderíamos realmente ver em nível de ultraestrutura como o nervo e as células-tronco interagem. Os neurônios tendem a regular as células excitáveis, como outros neurônios ou músculos com sinapses. Mas ficamos surpresos ao descobrir que eles formam estruturas semelhantes a sinapses com um epitelial. célula-tronco, que não é um alvo muito típico para neurônios”.

Aonde isso pode nos levar?

Algumas pessoas ainda questionam o motivo de pesquisas como essa. O que ocorre é que novas descobertas sempre levam a novas ideias. E muitas delas podem até serem úteis em outros tipos de tratamento, nem sempre diretamente ligadas à pesquisa inicial.

Nesse caso, por exemplo, trata-se de um grande passo não só por que se entendeu o motivo de ficarmos arrepiados… O que se observou é que existe um mecanismo pelo qual nosso ambiente externo influencia células-tronco abaixo da pele.

A partir disso, esses cientistas já estão pensando no futuro. Na sequência, eles querem entender, por exemplo, como isso pode ajudar na cicatrização de feridas. Conforme conclui a Dra. Hsu:

“Vivemos em um ambiente em constante mudança. Como a pele está sempre em contato com o mundo exterior, ela nos dá a chance de estudar quais mecanismos as células-tronco do nosso corpo usam para integrar a produção de tecidos às demandas variáveis, o que é essencial para os organismos. prosperar neste mundo dinâmico”.

Portanto, é o que eu sempre digo: temos que nos guiar pela ciência. Por isso, sempre compartilho com você notícias como essa, que mostram o que pesquisadores de ponta vem apresentando ao mundo. Além de nos tirar dúvidas e responder algumas questões curiosas, este certamente é o melhor caminho para uma Supersaúde!

14:00:02

Agropecuária-COnfiança-1
bdacc542-04d3-4802-82a7-536288efbb5a