Governo orienta depoimentos na CPI das fake news

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Com seis assessores de Jair Bolsonaro convocados pela CPI mista das fake news, o governo tenta reduzir o desgaste com a presença deles no Congresso e avalia recorrer à Justiça para que tenham o direito de ficar em silêncio diante dos parlamentares. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que alguns dos servidores já foram procurados por auxiliares do presidente para receber orientações.

A lista dos que foram chamados inclui pessoas que trabalharam na comunicação da campanha eleitoral de 2018 e agora ocupam cargos no Palácio do Planalto, como integrantes do chamado “gabinete do ódio”. O termo é usado internamente no governo para se referir ao núcleo composto pelos assessores especiais da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e José Matheus Sales Gomes, além de Mateus Diniz, lotado na Secretaria de Imprensa. Os três são ligados ao vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente.

Entre os convocados também estão duas assessoras que trabalharam na AM4 Inteligência Digital, empresa contratada pela campanha de Bolsonaro. São elas Rebecca Félix e Taíse Feijó, que chegaram ao governo pelas mãos de Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, demitido em fevereiro após desentendimentos com Carlos.

A CPI investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018. Adversários tentam usar a comissão para encontrar irregularidades na campanha que elegeu Bolsonaro. A oposição é maioria no colegiado e tem imposto sucessivas derrotas ao governo.

O Estado de S. Paulo
09:45:02

 

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