Governo ignora metas de desmatamento em plano estratégico

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Os desmatamentos recordes promovidos pelo governo Jair Bolsonaro foram completamente ignorados na “Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil”, publicada em decreto pelo governo nesta terça-feira, 27. Ela estabelece uma série de diretrizes e metas econômicas, sociais e ambientais dentro do planejamento do governo, para o período de 2020 a 2031.

No “eixo ambiental” do decreto, as metas de combate ao desmatamento não aparecem, assim como não há nenhuma menção à Amazônia ou ao Pantanal, biomas que, desde o ano passado, registram os piores níveis históricos dos últimos anos em relação a desmatamentos e queimadas. A atenção do governo está voltada, basicamente, a tratamentos urbanos. Uma das metas prevê que a quantidade de lixões e aterros controlados em operação, que somavam mais de 2,4 mil locais em 2017, seja totalmente zerada até 2031.

O tratamento de esgoto coletado, realidade para 46% da população, chegaria até a 77% em 2031. Essa meta, na prática, joga fora o plano de ter cobertura de todo o território nacional até 2033, como previa o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) até o ano passado. Sobre as perdas no sistema de distribuição de água, o índice que hoje é de 37% cairia até 25% daqui a 11 anos.

De forma genérica, sem citar nenhum dado efetivo, o decreto afirma que o “desafio” do governo é “assegurar a preservação da biodiversidade, a redução do desmatamento ilegal, a recuperação da vegetação nativa e o uso sustentável dos biomas nacionais”.

Estadão Conteúdo
11:30:02

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