Escolha por Bernardinho: de volta ao Brasil, Tandara jogará com o técnico pela primeira vez na Superliga

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O Rio de Janeiro sempre esteve mais para um quadro na vida de Tandara. Daqueles que se formam na janela do avião durante a aterrissagem no aeroporto e a do ônibus no início do trajeto até Saquarema, onde treina com a seleção de vôlei. A oposta reconhece a beleza da paisagem, mas seus encantos nunca surtiram muito efeito sobre ela:

— Sou mais de mato, de rio… Não gosto muito nem de praia nem de sol. E aqui vou ter que me acostumar.

Principal contratação do Sesc-RJ para a temporada 2019/2020, Tandara até estará bem cercada de belezas naturais. A Escola de Educação Física do Exército, onde a equipe treina, na Urca, oferece vista para o Pão de Açúcar e para a Baía de Guanabara. Mas o principal fator para sua transferência foi outro:

— Minha decisão foi para me tirar da zona de conforto. Estava bem acomodada em Osasco-SP (onde atuou a maior parte da carreira). Seria muito fácil para mim voltar para lá. Entendi como um passo à frente. Num ano pré-olímpico, trabalhar com um cara que é referência para todos, que dizem ser foda. Falei: “vamos lá”.

E ela foi. Neste primeiro momento, sozinha. Quando começarem os treinos, terá a companhia de Maria Clara, de 3 anos, e de Neide, a quem se refere como braço-direito na criação da filha. Tudo pela chance de estar no time de Bernardinho.

Além dela, o Sesc-RJ se reforçou com mais sete atletas. Entre elas, a levantadora Fabíola, ex-Sesi-Bauru. Mas a oposta é desejo antigo do técnico. Aos 30 anos, Tandara ostenta um currículo que poderia fazê-la se sentir no topo. Com a seleção, foi ouro em Londres-2012 e tricampeã do Grand Prix. Pelo Osasco, venceu a Superliga 2011/2012, é a maior pontuadora de uma única edição do torneio (626, em 2017/2018) e caminha para ser a recordista de pontos da história da competição (é a segunda, com 4.219). Mas ainda se vê longe do auge. E aposta que, com Bernardinho, pode chegar lá:

— Pelo que as meninas passam, ele ensina de maneira diferente. Sempre tive essa vontade. Então por que não? Agora vou conhecer o Bernardo.

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