Em três meses, novo Mais Médicos tem mais de 1 mil desistências

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Mais Médicos: cubanos deixaram o Brasil entre novembro e dezembro de 2018 (Fernando Medina/Reuters)

Dos 8,5 mil médicos brasileiros que substituíram profissionais cubanos no Mais Médicos, 1.052 já deixaram o programa. O número, que engloba as saídas desde janeiro, representa cerca de 12% dos profissionais contratados para atender regiões com carência de atendimento em saúde.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cidade de São Paulo lidera o número de desistências, com 19 vagas abertas. Em seguida, vêm cidades do interior, como Cachoeiro de Itapemirim (ES), com oito desistências, e as paulistas Embu das Artes, Jacareí e São José dos Campos, com a saída de sete médicos cada.

Antes de ser empossado presidente da República, Jair Bolsonaro precisou enfrentar um desafio: substituir as 8.517 vagas ocupadas por médicos cubanos que deixariam o país após o fim do contrato da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o Brasil. Ainda durante o governo de transição, em 21 de novembro, começaram a ser lançados editais para a substituição dos cubanos.

Na época, o então presidente Michel Temer (MDB) afirmou que o Brasil estaria preparado para suprir a saída dos médicos cubanos.

Apesar do modelo do programa ter sido criticado por Bolsonaro durante a campanha, o rompimento do contrato foi considerado pelos seus apoiadores como uma decisão unilateral de Cuba.

Em meio à polêmica pela saída de médicos cubanos do programa, Jair Bolsonaro postou em uma rede social que o Brasil deveria deixar de ser paraíso de criminosos e fonte de renda de ditaduras desumanas para dar lugar a um país em que o “brasileiro e as pessoas de bem”.

Para completar as mais de 8 mil vagas do programa, o governo federal aceitou a inscrição de médicos brasileiros formados no exterior.

Exame
10:00:47

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