A pandemia do novo coronavírus prejudicou o emprego formal, com reflexos na contribuição da Previdência Social do país. O déficit dos primeiros oito meses deste ano já supera, em termos nominais, o total do ano passado.
De janeiro a agosto, o resultado entre a arrecadação e o total de benefícios ficou negativo em R$ 225,5 bilhões, um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2019, ano que fechou com um déficit total de R$ 213 bilhões.
Nos primeiros oitos meses do ano passado, antes da reforma previdenciária, que completa um ano nesta quinta-feira (12), o rombo das contas era de R$ 131,7 bilhões. As informações se referem ao RGPS (Regime Geral de Previdência Social), sistema voltado aos trabalhadores do setor privado, e constam do Boletim Estatístico da Previdência Social.
A redução na arrecadação e o aumento da despesa com a antecipação do 13º salário do INSS são os principais motivos para o aumento do rombo. A medida foi determinada pelo governo federal para diminuir os efeitos da covid-19 na população de baixa renda. Também foi antecipado o pagamento do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e auxílio-doença.
R7
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