Escolhido para ser o oponente de Conor McGregor na luta principal do UFC 246, sábado, em Las Vegas (EUA), Donald Cerrone esperava uma semana repleta de troca de farpas, provocações e possíveis travessuras do irlandês, que tem no currículo brigas e até “roubo” de cinturão para promover seus combates. O que se viu durante a semana – para surpresa de fãs, staff e jornalistas – foi uma versão “light” de “Notorious”, educado e respeitador.
Experiente – está no UFC desde 2011 – Cerrone admite que ficou surpreso ao ver McGregor conduzir a semana com tranquilidade, sem acirrar os ânimos.
– Não (esperava essa versão dele), estava ansioso para sentar com ele e bater um papo. Não sabia o que ele iria dizer. Talvez: “Você perdeu as duas últimas lutas”. Eu responderia: “Sim, e daí?”. Ele não pode falar que sou um pai ruim ou que não sou um bom exemplo, não sei com o que ele me provocaria. Mas eu estava pronto. Ele foi bem, usou o charme de sempre durante a coletiva de imprensa. Foi bom vê-lo assim. Ele tem um alcance tão grande, então por que não se tornar um bom exemplo? Uma boa pessoa? – questionou o peso-meio-médio, derrotado por Tony Ferguson e Justin Gaethje em suas últimas performances.
Sem precisar lidar com um clima de animosidade, Cerrone tem outro motivo para comemorar, independentemente do resultado deste sábado, afinal, as cifras do duelo serão bem acima das que está acostumado.
– Se você está me perguntando se eu li o contrato, sim eu li. Obrigado, Conor, agradeço por isso (pagamento). Daqui em diante, minhas próximas seis lutas serão todas “money fights”, não somente essa. Assinamos um contrato em que todas serão assim, então estou empolgado, feliz de finalmente estar aqui, recebendo o respeito que esse velho dinossauro merece. São 51 lutas e ainda jovem, ainda tenho um longo tempo de estrada. É (o maior contrato que já assinei com o UFC). Vocês devem ter o número (do meu pagamento para essa luta). Não quero falar (risos).
Combate
11:40:03
