Após alta do arroz, entenda por que crise econômica deixará preços estáveis

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Um dos inúmeros memes que invadiram a internet na semana passada mostra a vilã Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah na novela da TV Globo Senhora do Destino, de 2005, fugindo com um saco de arroz de cinco quilos.

Na cena original, Nazaré carregava um bebê roubado, cuja família estava no seu encalço.

A brincadeira mostra o quão valioso se tornou um item da cesta básica brasileira: com alta de 3,98% em agosto, o arroz acumula um aumento de 19,25% no ano.

No caso do feijão, dependendo do tipo e da região, a alta acumulada supera os 30%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto. Completam a lista das maiores altas do ano o leite (23%) e os ovos (7,1%).

A inflação no prato do brasileiro despertou a dúvida: estamos prestes a viver uma sucessão de alta nos preços, no momento em que a taxa básica de juros (Selic) — usada para controlar a inflação — está no seu mais baixo patamar histórico?

A resposta é não. A inflação recente observada nos alimentos é pontual e não deve se expandir para outros setores da economia, segundo economistas ouvidos pela BBC News Brasil. Mas o motivo por trás isso não é uma boa notícia.

“Não existe demanda que sustente um aumento de preços generalizado”, diz André Braz, coordenador do Índice de Preço ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), vinculado à Fundação Getúlio Vargas (FGV)

G1
11:00:02

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