Adiamento da Olimpíada obriga atletas a reprogramarem toda a preparação

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O adiamento da Olimpíada de Tóquio, anunciado nesta terça-feira, vai causar uma radical mudança no ciclo de quatro anos de preparação dos atletas. Após o Comitê Olímpico Internacional (COI) transferir a competição para o próximo ano, os esportistas terão agora de repensar toda a estratégia de treinos e competições para estarem no auge da forma física em uma nova data.

O desafio agora é mudar completamente o foco. Desde o fim dos Jogos do Rio, em 2016, a preparação teve como objetivo deixar o atleta pronto para julho deste ano. A partir de agora, será preciso reconstruir o trabalho, com o cuidado para não desgastar o competidor e ao mesmo tempo, deixá-lo nas condições ideais para poder render o máximo da forma física em outro prazo, apenas em 2021.

“Agora todo mundo tem de sentar, fazer planilhas e analisar em que ponto o atleta estava, como estava fazendo o crescimento e planejar uma curva de crescimento, inclusive de olho nos concorrentes. Será uma situação muito diferente”, disse ao Estado o Médico do Esporte Páblius Staduto Braga, do Centro de Medicina Especializada do Hospital Nove de Julho. “Será uma ocasião interessante para a própria ciência do esporte evoluir”, afirmou.

O recomeço do planejamento já fez a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) prometer mudanças. O consultor técnico da entidade e treinador de Hugo Calderano, o francês Jean-René Mounié, afirmou que a nova data vai causar alterações profundas no trabalho. “Muda bastante. Vamos ter que criar uma nova estratégia quando soubermos mais do calendário. Muda também a nossa própria estratégia, o Hugo tem de treinar sabendo que temos pelo menos um ano em vez de quatro meses para os Jogos”, explicou.

Estadão Conteúdo
09:15:03

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