Ações de prevenção mostram eficiência e contágio diminui em Presidente Venceslau

AÇÕES PREVENTIVAS MOSTRAM EFICÊNCIA
No final do ano passado, Presidente Venceslau passou por momentos desregrados na falta de prevenção para o Covid-19. Festas clandestinas, concentrações de jovens em vários pontos da cidade, pessoas sem comprometimento com a utilização de máscaras, casamentos, encontros religiosos. Na época o contágio havia baixado e as pessoas, estimuladas pela inércia das autoridades e pelo irresponsável incentivo de políticos, sindicalistas e seguidores radicais do presidente Bolsonaro pela redes sociais, perderam o medo da doença. Essas atitudes foram avassaladoras para a cidade, que viu as mortes saltarem de 26 casos do dia 16 dezembro, para 49 até os dias atuais. Quer dizer, em 40 dias, morreram 23 pessoas, quase que o mesmo número dos oito meses anteriores da pandemia.

Enquanto a discussão corria solta pelas redes sociais, com muitos brigando e manifestando contrariedade às atitudes do governador em tentar segurar as pessoas em casa, com o presidente negligenciando a vacina e estimulando ainda mais as aglomerações, as UTIs da cidade e região foram tomadas por gente conhecida. A doença não escolhia classe social ou financeira. Quase todos os dias pessoas eram entubadas ou então mortas pela doença. A média de óbitos no período foi de uma pessoa a cada 41,7 horas. Assustadora em comparação com cidades ao redor.

Presidente Venceslau figura na atualidade, apesar de ter uma população que ainda não chega aos 40 mil habitantes, em segundo lugar da região em óbitos por Covid, só perdendo – em números absolutos – de Presidente Prudente (se considerada a população de cada cidade, proporcionalmente é superior a Prudente o número de mortes). Municípios de populações maiores tiveram menos mortes, como Dracena (47 mil pessoas) com 36 e Presidente Epitácio (44 mil pessoas) com 26 óbitos. Quem negligenciou? Onde está o erro? Será que estávamos errados de fato quanto aos pedidos de maior controle nas restrições?

COM AS RÉDEAS PUXADAS
O governo estadual conseguiu, mesmo desafiando a impopularidade, reter a região com a mudança de fase para vermelho. Mortes de pessoas conhecidas, novas, que sofreram nas UTIs, foram determinantes para que o medo se instalasse junto à população e o respeito pela regras aumentasse. Somente agora, depois de quase 25 dias após as festas, é que se inicia um descanso na área de saúde com o registro de poucas pessoas em tratamento, com a diminuição drástica de suspeitos e ainda, por ser um final de semana, uma tolerante margem de contágio de 10 pessoas.

VEJAM OS NÚMEROS DE HOJE
Conforme o Boletim Coronavírus divulgado hoje na cidade pela Vigilância Sanitária, Presidente Venceslau tem 49 mortes, com um óbito em investigação. O número de suspeitos é 47. As pessoas em tratamento somam 17. Os novos casos são 10 e as pessoas curadas até o momento chegam a 1.184. Na UTI da Santa Casa estão internados três pessoas, sendo uma delas de Teodoro Sampaio. Na enfermaria são sete pacientes, a maioria de Presidente Venceslau e um do estado do Rio Grande do Sul.

DEMONSTRAÇÃO DE QUE O ISOLAMENTO FUNCIONA
As autoridades estão certas. Estes números, a partir de agora, têm tendência de diminuir ainda mais, apesar de esta pandemia surpreender a todos com qualquer descuido na área de prevenção. Uma festa clandestina hoje pode causar um estrago maior do que o atual à frente. O isolamento funciona. Àqueles que tiveram receio, acreditaram na chegada na vacina e estão dispostos ao sacrifício, mesmo que financeiro para não se contaminar, estão fazendo a diferença. O “fique em casa” para muitos foi o divisor entre a vida e o sofrimento ou até a morte. Para outros um motivo estranho de contestação, mas que também os ajudou na prevenção.

17:52:10